terça-feira, 10 de julho de 2007

A pergunta que não quer calar



Desde 2004 passamos por sucessivas crises e escândalos, sem que nada tivesse mudado.


Pelo contrário, ninguém foi punido e sim até premiados com a reeleição.




A parcela mais lúcida da sociedade, foi soterrada pela grande massa alienada, beneficiada pelo assistencialismo demagógico e eleitoreiro do governo.


Outros segmentos esclarecidos se apegaram à ideologias anacrônicas, fechando os olhos para negarem o flagrante estado de degeneração total de nossas instituições representativas.


Qual a solução, se nossa Justiça não possui mecanismos nem vontade de furar o escudo de proteção que mantêm imunes os canalhas que nos governam? Qual a saída, sem termos de empunhar armas (que aliás nem temos)?


Como uma minoria esclarecida e indignada, poderia influir em algo num país continental onde a maioria é totalmente apática e inconsciente?


Talvez a resposta seja apenas uma Desobediência Civil radical e extrema, ações coordenadas para sufocar o sistema, não pagar impostos, paralisar as forças de repressão e reação, tomar as ruas, cercar o Congresso Nacional, organizar barricadas e barreiras humanas em número suficiente para desestimular o revide das forças de segurança, realizar mobilizações pacíficas inteligentes, porém eficazes e de repercussão, forçarmos a grande mídia a conceder espaço para a divulgação de manifestos, paralisar o trânsito e impedir o acesso a estes veículos de comunicação, prefeituras e prédios da administração pública, etc.


Observamos na Internet milhares de pessoas indignadas, que repassam críticas e opinam em fóruns, mas que, na hora do “vamos ver”, fogem da responsabilidade se escondendo no anonimato seguro.


Não comparecem em massa quando concedemos entrevistas aos maiores jornais e revistas do país, divulgando a anulação do voto e a Democracia Direta, nem aos debates em rádio e TVs, evitam participar de manifestações, se omitem na hora de demonstrar pelo Voto Nulo sua revolta, querem “ver o circo pegar fogo” , desde que outros ascendam os fósforos e, por ai vai nossa apatia crônica, de um povo que só se interessa por entretenimento e diversão.


Será que sempre dependeremos dos partidos políticos e movimentos sociais que nos conduzam às ruas, por total falta de vontade própria e iniciativa?


Até quando continuaremos “bundas chatas”, somente repassando e-mails de protesto, sem uma ação concreta no mundo real, isenta de ideologias, apenas movida pelo sentimento de indignação e justiça?


Até quando seremos palhaços castrados sem vergonha na cara?


Até quando assistiremos impassíveis a invasão, ocupação predadora e devastação da Amazônia, o sucateamento de nossas defesas militares, a utilização indevida de nossas Forças Armadas em conflitos externos, combatendo meliantes em favelas haitianas, enquanto a guerrilha urbana do tráfico de drogas e crime organizado nos violenta, acua e provoca um caos generalizado nas ruas?


Até quando continuaremos realizando manifestações ridículas pela paz e fim da violência, enquanto eles arrastam nossos filhos como “boneco de Judas”, sem qualquer reação mais efetiva contra as “autoridades” que nos governam, quase sempre patrocinadas politicamente pelo dinheiro sujo do ilícito?


Até quando teremos de vivenciar atos de vandalismo gratuito, perpetrados por “pretensos” movimentos sociais, subsidiados por verbas federais , provenientes de nossos impostos?


Até quando permitiremos que recursos destinados à Educação, suficientes para a construção de milhares de escolas, sejam desviados para financiarem passeatas de minorias por interesses eleitorais?


Até quando ficaremos submetidos a esta praga do “politicamente correto”, que nos censura, castra e impede a liberdade de expressão?


Até quando permaneceremos inertes, como “mortos-vivos”, “zumbis” passivos, sem entendermos que a verdadeira cidadania requer atitudes drásticas de reação e defesa de nossos direitos ?

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